sábado, 23 de maio de 2015

Cancela! Você contou errado.

Ei, ei, ei! Amigo! Cancela isso dai! 

Você me disse que seria nos seus 24, você ainda tem 21. Para! Ainda falta três anos e você é bom em matemática. Com quem eu vou falar mal de todo mundo e quem vai falar mal de todo mundo pra mim? Como vou ficar sabendo todas as fofocas? Eu sei que fazia quase um ano que a gente não fofocava, mas a nossa amizade tem esses hiatos, já estava acostumada, você já estava acostumado. Mas um hiato desse tamanho? Eu não estava preparada. Quem estava? Quem esperava? Não dá pra acreditar. 

Prometi a mim mesma que não iria postar nada público, porque nós nunca fomos assim, a gente se via, ria, saía, zoava o mundo e ninguém precisava saber, porque era nosso role e nós somos muito egoístas pra dividir com alguém. Mas como deixar de te homenagear? Como fingir que não tenho um milhão de memórias boas e outras quinhentas ainda melhores? 

Você sempre foi uma espécie de porto-seguro, onde sempre me apoiei quando precisei; e eu sei que era essa pessoa pra você também. Não é à toa que nosso conflito de ego nunca nos afastou de verdade. Sempre fomos bons em deixar nossos egos comandarem tudo, exceto quando precisávamos um do outro. Pra rir, pra nos distrair, pra buscar conselhos sinceros, pra ficar em silêncio ou por um abraço fraternal, daqueles que sabemos que somos amados do jeito certo, sem interesse, sem julgamentos, sem paixão... Você sempre foi muito importante pra mim e você sabia. 

Cansei de te falar pra não confiar em outras mulheres, só eu era confiável por não pensar exatamente como uma mulher... Mas você insistia que a Katia Flavia era melhor que eu nisso... Desculpa por não ter insistido mais nessa teoria, eu não esperava. Não, esperava algo muito maior, você não mereceu. 

Agora a única coisa que me resta é desejar que o Pai Celestial te guarde um bom lugar e que seja perto do seu pai. Descanse em paz, amigo. Tem uma parte do meu coração que está em luto e essa parte pertencerá sempre a você.

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