segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Gray

Notei agora que nunca dou devida atenção às coisas. Como a letra de uma música que tenho há tempos e só hoje percebi quão linda é a letra dela, quiçá porque agora ela se encaixa perfeitamente com a condição em que eu me encontro. E essa é apenas uma coisa fútil; agora, pára pra pensar quanta coisa pseudoimportante não deixamos de dar atenção ou o valor merecido o tempo todo. Ontem, conversando com um amigo, falei sobre uma teoria que vi num livro, o qual não me recordo o título, algo como "o dia, assim que se torna noite, começa a amanhecer" e chegamos à conclusão que isso é meio que um resumo de tudo na vida. Assim que tudo chega ao ápice, deixa de ser 'tudo' para se tornar 'nada' e então voltar a ser 'tudo'. E é uma espécie de oscilação infinita, um ciclo vicioso, maçante e indesejado, entretanto continuará acontecendo. Podíamos dar valor quando estivesse no ápice, mas é sempre quando está voltando a ser 'nada' que percebemos que devíamos o fazer. Mas já está decaindo, então você não o terá, porque a noite não decide no meio da madrugada a continuar noite e deixar de amanhecer. Os eclipses são reais, sim, tanto no dia como na noite, no entanto advêm uma vez a cada cinco anos, ou mais, não espere que você seja o eclipse, uma vez que existem muitos outros casos também querendo ser, tanto quanto você ou até masi, não admita que lhe reste apenas a esperança de a sizígia acontecer.
Desagrada-me ver o quanto meus textos parecem falar de mim, quando são apenas meus pensamentos sobre o que eu vejo, o que eu repugno, o que eu queria poder trucidar e extinguir pelo menos ao meu redor. É sobre valores e sinceridade tudo o que eu já escrevi afinal. E eles acabam sendo sobre mim.



And he look at the giant and he saw nothing. Just 'cause he doesn’t matter 'bout him.

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